Instituto visita Augusto Boal | |
Representantes do Instituto Francisca de Souza Peixoto estiveram com o dramaturgo e diretor Augusto Boal, em um encontro em sua casa, no Rio de Janeiro, no dia 24 de novembro, quinta-feira. Na oportunidade, o criador do Teatro do Oprimido conheceu o trabalho de responsabilidade social da CIC e ganhou um kit com produtos do Instituto.
A visita fez parte do intercâmbio Praga-Cataguases, que trouxe o artista tcheco Tomas Zizka ao IFSP entre os dias 4 e 22 de novembro. Além de Zizka, estiveram presentes a publicitária Flávia Alcântara e o jornalista Evandro Medeiros, ambos colaboradores do Instituto. Tomas Zizka falou sobre o trabalho de reciclagem social que realiza com a ONG mamapapa, na República Tcheca. “Grande parte de minha atividade é baseada no método do ‘Teatro do Oprimido’”, afirmou. Ele disse que conheceu a obra de Boal por indicação de colegas e alunos, já que é professor de Cenografia. Boal falou sobre seus livros e relembrou passagens de sua história, como quando conheceu a República Tcheca, numa época em que era exilado político. O diretor também falou sobre a atual situação política no Brasil. Para ele, o país vive uma crise de valores e crenças sem precedentes. “Hoje qualquer um pode acusar sem apresentar provas. Tenho medo de onde vamos chegar assim”, conclui. Augusto Boal estudou na School of Dramatics Arts da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Sua maior obra é o Teatro do Oprimido, que transforma o espectador em elemento ativo, protagonista do espetáculo. Para Richard Schechner, diretor do “The Drama Review”, Boal conseguiu fazer aquilo com que Bertolt Brecht apenas sonhou e escreveu: um teatro alegre e instrutivo. Uma forma de terapia social. |