| Alunos começam a mostrar seus talentos nesta iniciativa inédita promovida pelo IFSP | |
| Um grupo de sete adolescentes na faixa dos 16 anos vem fazendo bonito na Oficina de Construção e Manipulação de Bonecos que está sendo realizada semanalmente pelo GPTo Teatro de Bonecos. As aulas iniciaram há pouco mais de dois meses, mas os alunos já começam a experimentar as emoções de construir personagens e participar dos espetáculos do grupo: na última apresentação da trupe, no mês de abril, eles já tiveram a oportunidade de vivenciar o palco.
Conforme explica Fernanda Pinheiro, coordenadora do GPTo, que, juntamente com a integrante do grupo Thara Gouvêa, ministra a oficina, além de passar conhecimentos sobre construção e técnicas de manipulação, a oficina tem a pretensão de absorver futuros integrantes para o grupo e promover um grande espetáculo ao final do curso, com os alunos. “A oficina tem a duração de um ano e as aulas acontecem toda quarta-feira, de 18 às 20 horas, na sede do Instituto”, acrescenta, lembrando que interessados devem procurar o Instituto em horário comercial, pois a oficina ainda tem vagas disponíveis, a uma taxa simbólica de R$ 20,00 por mês. Um dos mais empolgados com a experiência é o jovem Wylker Simões, 18 anos. Também não é para menos: ele conta, em meio a lixas, tintas, fios de de nylon e outros materiais utilizados para a construção das personagens, que desde os seis anos, quando assistiu pela primeira vez um espetáculo de teatro de bonecos, sonhava em ser um bonequeiro manipulador. “Minha sorte foi que minha mãe ficou sabendo da oficina e me avisou. Vim correndo me matricular e e estou adorando cada momento”, afirma. Artesanato e artes manuais em geral sempre fizeram parte da vida de Ivie Salvaro, também de 18 anos, mas ela confessa que nunca se interessou muito pelas técnicas de construção e manipulação de bonecos. Até ser convencida por Fernanda Pinheiro, que é casada com seu primo. “Ela me inspirou e percebi as inúmeras possibilidades da técnica. Estou aprendendo coisas que jamais imaginaria, principalmente como utilizar certos materiais que geralmente descartaria e que tem muita utilidade na construção de um boneco. Passei a enxergar estes e outros materiais com outros olhos, sempre procurando alguma aplicação interessante para eles”, conta. Por fim, foi o puro acaso que levou Bruna Dias, 14 anos, a começar a oficina. Ela conta que nunca se interessou pelo assunto, que nem conhecia muita coisa sobre teatro de bonecos, mas quando o pessoal do GPTo esteve em sua escola para divulgar a oficina, ela decidiu fazer por curiosidade. “Me encantei com a técnica e me tornei assídua nas aulas. Estou aproveitando muito e descobrindo talentos que nem sabia que tinha”, revela. Para a coordenadora do GPTo, a experiência é enriquecedora para ambas as partes: quem aprende e quem ensina. “Passar todo esse conhecimento e ver os alunos empolgados com as tarefas é muito gratificante e uma troca maravilhosa”, conclui.    |
