Instituto apóia exposição sobre o rio Pomba | |
Após dois anos e meio de pesquisa, o Historiador Ricardo Quinteiro, também colaborador da Biblioteca Municipal Ascânio Lopes, lançou em setembro, no Instituto Francisca de Souza Peixoto, a exposição “rio Pomba, um caminho natural para os sertões do leste”.
O rio Pomba nasce na Serra da Mantiqueira, no município de Santa Bárbara do Tugúrio em Minas Gerais, atravessa a Zona da Mata Mineira e deságua no rio Paraíba do Sul entre os municípios de Itaocara, Cambuci e Aperibé, no Rio de Janeiro. Além de banhar os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, impulsiona quatro usinas hidrelétricas, sendo a quinta em construção. É um dos principais afluentes da margem esquerda do rio Paraíba do Sul. A exposição mescla história e consciência ecológica, por meio da elaboração de um conteúdo com informações sobre o rio, e todos os aspectos que o envolvem. “Quando cheguei na Biblioteca, não havia nada a disposição para pesquisa sobre o Rio Pomba. Então senti a necessidade de alertar as pessoas sobre a importância desse rio. Informá-las sobre os afluentes, vegetação, relevo e o percurso fluvial. Além de divulgar os antigos caminhos de ocupação da nossa região, uma vez que o Rio Pomba foi uma grande referência natural para as rotas migratórias”, afirma o Historiador. “O rio Pomba é um legado deixado pelos índios Coroados, Coropós, Goytacazes e Puris, que viveram ao longo de suas margens e sempre o trataram como uma divindade. São águas sagradas que escorrem da montanha que chora, que são subtraídas”. É com esse propósito que Ricardo pretende tornar a exposição itinerante, percorrendo o mesmo fluxo do rio. “É importante que o estudo sobre o rio Pomba continue e que aconteça uma integração entre as cidades por onde ele passa. A tendência é diminuir os impactos causados pelo Homem, às suas águas”, conclui. O próximo destino da exposição será a cidade de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro. |