Um dia diferente

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Instituto recebe visita indígena, cigana e da sociedade eubiose
Dia intrigante; repleto de novidades e histórias. De muito se falou. Espiritualidade, cultura, educação, mudanças, arte, música, caráter e movimentos.

No dia 10 de janeiro, quinta-feira, o Instituto Francisca de Souza Peixoto recebeu a visita do índio Xingu, João Geraldo Itatuitim Ruas; do presidente do Centro de Cultura Cigana, Zarco Fernandes; do produtor cultural e eubiota, Milton Leite Bandeira e do arquiteto Roberto Junqueira.

Longas horas foram direcionadas a um proveitoso bate-papo. Este grupo se uniu para conhecer o Instituto Francisca de Souza Peixoto e seu gestor executivo, Marcelo Inácio Peixoto.

Um dos pontos altos dessa conversa foi a biografia de Itatuitim Ruas. Índio Juruna nascido em 1930, que teve sua mãe morta durante o parto e, para se livrar da tradição de seu povo (quando uma mãe índia morre durante o parto, o filho é enterrado junto para completar seu ciclo de desenvolvimento espiritual) é salvo por uma missionária católica que o entregou para ao Marechal Rondon, um dos mentores que zelou por sua criação e educação.

Itatuitim trabalhou sempre em benefício de seu povo. Foi sertanista e indigenista. Delegado da Fundação Nacional do Índio – FUNAI. Trabalhou em diversas empresas, poder público e fundações.
João geraldo Itatuitim é natural de Cuiabá – MT e hoje mora em Itaperuna – RJ.

Segundo Itatuitim, Cataguases é também um cemitério indígena, possivelmente na Usina Maurício. Os povos que habitaram Cataguases foram Coroados e Puris e sobre uma definição tupi-guarani, Cataguases significa: Ca = mata; ta= boa; gua= gente/pessoa. Assim diz “gente da mata boa” ou “terra de gente boa”.

Itatuitim escreveu o livro “sobre a luz do querozene” uma história de dois índios que mescla a tradição indígena com o mundo civilizado.

Desse encontro, além da boa troca de experiência, ficou previsto movimentos, encontros e cursos no Instituto Francisca de Souza Peixoto, e os benefícios se estendem à comunidade.


Novidade…
Zarco Fernandes satisfeito com a novidade nos informou que foi aprovado o direito de registro civil do povo cigano pelo governo brasileiro. Outra boa notícia é que para a construção do Centro da Cultura Cigana foi doado, por reivindicação da comunidade, um terreno da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora no governo de Alberto Bejani.