Do algodão à arte

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Museu de Belas Artes com novas exposições
Na última quinta-feira, 01/03, foram lançadas novas exposições no Espaço Tratos Culturais, do Museu de Belas Artes. A sala Marques Rebelo expõe “Sonho Branco”, um trabalho de Eliane Velozo e a sala Francisco Peixoto traz Yolanda Misk com a exposição “Fina Estampa”.

Eliane Velozo é uma artista que sempre trabalhou com fotografias em preto e branco e há 15 anos incluiu em suas produções, as instalações e os objetos.

“Sonho Branco” é o mais recente trabalho de Eliane que remonta sua memória, a de uma família plantadora de algodão no agreste pernambucano. Ao resgatar sua própria história, Eliane reconstruiu a história do algodão e colocou em seu trabalho um olhar atual, sem desconsiderar as recordações da infância e adolescência.

Ao passar pelo Instituto Francisca de Souza Peixoto, Sonho Branco tem sua terceira exposição. Antes se apresentou no Museu do Homem do Nordeste, no Recife e na Galeria Sesi Minas, em Belo Horizonte.

O projeto do algodão tem continuidade. Em 2006, a artista plástica foi ao Texas, nos Estados Unidos para fotografar a colheita do algodão, agora, o objetivo da autora é voltar a Cataguases e fotografar a tecelagem e estamparia da Companhia Industrial, seguindo, posteriormente a fotografar os plantadores de algodão na África que segundo a autora é a terra-mãe, que traz nossa ancestralidade primeira.

Yolanda Misk se dedica às artes plásticas há mais de 20 anos. Freqüentou diversos ateliês e atualmente faz parte do grupo Indez. Em “Fina Estampa”, Yolanda apresenta telas de vários formatos, executadas em técnica mista sobre os tecidos “mata-borrão” ou “carne seca” da Companhia Industrial Cataguases.