Cores do inconsciente

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Tratos Culturais recebe exposição de Chanina
A exposição do artista plástico Chanina pode ser conferida no Espaço Tratos Culturais, no IFSP. A abertura aconteceu na quinta-feira, dia 15. São 98 telas impregnadas de um colorido que cria um ambiente de sonho/delírio na obra do artista. O pintor polonês, que veio morar no Brasil ainda criança, é considerado um dos mais representativos artistas da chamada Geração Guignard, com trabalhos reconhecidos internacionalmente.

Chanina Luwisz Szejnbejn nasceu em 1927 na Polônia e emigrou para Belo Horizonte, com seus pais, aos nove anos de idade. Em 1946 ele ingressou na escola de arte então dirigida por Guignard na capital mineira. O curador da exposição, Sérgio Pereira Silva, explica que a tônica dominante na obra do artista é a fantasia. “As mulheres de Chanina são as mais expressivas que já vi. É o que tem de forte na sua arte, elas têm um olhar penetrante e trazem lembranças de sua infância”.

Em muitas obras, percebe-se a clara influência da arte africana. Exemplos são os quadros “Máscaras”, e “Lembrança do carnaval passado”. Em alguns momentos, a textura da pincelada lembra o expressionismo de Van Gogh, como em “Auto Retrado”, de 1965. O pintor Carlos Bracher, presente na abertura da exposição, lembrou a importância de Van Gogh para os artistas do século XX. “Posso dizer que ele é um deus”.

O colaborador do laboratório têxtil da CIC, Cléber Resende Martins, encontrou na exposição um momento de descontração. “Às vezes as pessoas não sabem o que o IFSP tem para oferecer. Cada vez que venho aqui me surpreendo”, disse. A exposição “Chanina” está em cartaz no espaço Tratos Culturais, no Instituto Francisca de Souza Peixoto, até o dia 23 de outubro. A entrada é gratuita.