Teatro Mutante

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GPTo resgata a magia das sombras em novo espetáculo
O GPTo – Teatro de Bonecos, fez a estréia do espetáculo “O Menino Mutante”, na sexta-feira, dia 9. A grande novidade foi a técnica escolhida, o teatro de sombras. Foram duas apresentações. Pela manhã, no Cine Teatro Edgard e à noite, no Teatro Rosário Fusco, no lançamento do livro homônimo de Mauro Sérgio Fernandes.

O diretor do GPTo, Gustavo Noronha, explica que a técnica utilizada não é do teatro de sombras tradicional. “É um trabalho de vanguarda. O resultado é mais dinâmico, as cenas parecem tomadas de cinema”, explica. Para conseguir isso, foram usadas lâmpadas halógenas, que formam sombras de silhueta mais definida.

Gustavo aprendeu a técnica quando teve a oportunidade de fazer um curso com a “Gioco Vita”, companhia italiana de teatro de bonecos que esteve no Brasil em 1995. Depois de usar o que aprendeu em algumas cenas do espetáculo “Histórias da Selva”, do GPTo, ele esperava a oportunidade de poder fazer um novo trabalho.

A música ficou por conta de Adriano Cunha, um dos bonequeiros do Grupo. “Eu já tinha feito a trilha sonora de outros espetáculos, mas este foi incrível. A própria história facilitou o trabalho”, diz. Outra característica do espetáculo é a pesquisa de materiais reciclados, uma constante na trajetória do GPTo.

O teatro de sombras surgiu há mais de 2 mil anos e até hoje conserva uma aura de misticismo. É muito comum na Índia e na China, e teve de ser adaptado ao universo multimídia do século 21. “O teatro de sombras requer um tema que tenha algo de mistério, de transformação. A história do Menino Mutante é perfeita neste sentido”, explica o diretor do GPTo.