Tema de encerramento discute comodismo x inclusão

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Convidados alegam baixa auto-estima nos jovens
Marcando de forma inesquecível o encerramento da segunda edição do Fórum Fábrica do Futuro, foi abordado o tema da comunicação pública como ferramenta de expansão da democracia e exercício da cidadania plena, com as presenças do jornalista e escritor Luiz Ruffato, da diretora de cultura da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (FUNALFA), Gabriela Machado, do cineasta e membro da confraria do Cineport de Portugal, José Carlos Oliveira, da colaboradora pedagógica das Oficinas Kinoforum, Moira Toledo, do gestor cultural do Instituto Cidade Cataguases, César Piva, do jornalista da TV Minas, Israel do Vale, do diretor de Arte e Cultura da PUC Minas, José Márcio Barros, da socióloga da Universidade Federal de Juiz de Fora, Mariângela Nascimento e de Éder Melo, do Instituto Minas Cidadania.

O tema central do debate buscava uma resposta à exclusão social promovida pela desigualdade existente em nosso país, que, segundo Ruffato, é a grande reponsável pela ausência de auto-estima da população, prejudicando, assim, a luta por uma transformação social. Já Mariângela Nascimento acredita que a juventude no Brasil tem se mostrado bastante animada no processo de inclusão social, e atribui à mídia a causa da falta de auto-estima na sociedade, visto que através dela os jovens sentem-se vitimizados por não alcançarem o estereótipo propagado diariamente pelos veículos de comunicação.

Antes do início do debate, foi realizada a exibição de um fragmento do filme Velha a fiar, de Humberto Mauro, iniciativa muito bem recebida pela platéia que, contrariando uma tendência da juventude brasileira em geral, já demonstra bastante conhecimento das obras realizadas pelo cineasta.

Ao todo foram trinta e sete convidados que durante cinco dias discutiram, junto a jovens de várias cidades, importantes questões para a resolução de problemas que vão desde a ausência de políticas eficientes para o desenvolvimento cultural do país ao comodismo de muitos que não se interessam ou não possuem coragem de tomar a iniciativa de transformar esse quadro de alienação cultural predominante em nossa sociedade.

Diante de bonés, calças rasgadas, bandeiras coloridas, muito envolvimento da platéia e claro, a incrível atuação do carismático apresentador Gueminho, o Fórum Fábrica do Futuro se consolidou como um importante espaço para a conscientização da importância da busca de alternativas para a transformação do nosso país em um espaço mais democrático e participativo, onde todos tenham acesso às ferramentas para a construção de um Brasil com mais diversidade cultural e menos desigualdade social.